domingo, 22 de maio de 2011

Algumas notícias importantes

 

 As notícias abaixo são de Janeiro ainda, mas são interessantes e pouco divulgadas, por isso acho importante que quem não leu tenha a oportunidade.  


Cientistas desvendam mecanismo que controla a expressão da leucemia

Descoberta de pesquisadores da USP abre caminho para investigação de alternativas terapêuticas para a doença

08 de fevereiro de 2011 | 10h 45


Agência Fapesp
SÃO PAULO - Uma equipe brasileira de cientistas desvendou um mecanismo que controla a expressão da leucemia usando uma proteína descoberta em 1995, capaz de destruir células tumorais, deixando ilesas as células saudáveis. O trabalho, descrito na última edição da revista Oncogene, do grupo Nature, foi realizado na Universidade de São Paulo (USP).
Divulgação
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Cientistas controlam expressão da leucemia usando proteína

Essa proteína, conhecida como TRAIL (sigla em inglês para ligante indutor de apoptose relacionada ao fator de necrose tumoral), é considerada um dos mais poderosos recursos naturais do organismo para deter o câncer. No entanto, em certos tipos de câncer há uma inibição de sua expressão, o que permite a evolução do tumor.
A equipe brasileira de cientistas desvendou um mecanismo molecular que controla a expressão de TRAIL na leucemia mieloide crônica (LMC). O estudo, que mostrou como a "armadilha contra o câncer" é desmontada, abre caminho para a investigação de alternativas terapêuticas para a doença.
Segundo coordenador do projeto, Gustavo Amarante-Mendes, a proteína TRAIL induz suas células-alvo à morte iniciando um complexo e bem regulado programa molecular conhecido como apoptose, que é acionado durante o desenvolvimento embrionário, para formar de maneira apropriada órgãos e tecidos. Na vida adulta, a apoptose - ou morte celular - desempenha um papel fundamental na renovação das células.
"Os defeitos no processo de apoptose são observados em diversas formas de câncer e a aquisição de resistência à apoptose é considerada uma das etapas do processo de gênese do tumor. Algumas formas de câncer são capazes de desenvolver resistência à morte induzida por TRAIL. Outras, como a LMC, inibem a produção de TRAIL, escapando desse importante mecanismo de defesa. Nosso estudo demonstrou o funcionamento desse mecanismo molecular", disse Amarante-Mendes.


Pesquisa identifica genes que permitem diferenciar tipos de leucemia

Espanhóis identificam possíveis sinais de alerta para prever futuras recaídas da doença

27 de janeiro de 2011 | 20h 22

Efe
SALAMANCA, ESPANHA - O pesquisador espanhol Carlos Manuel Santamaría, da Universidade de Salamanca, identificou novos genes que permitem diferenciar as leucemias agressivas das de evolução mais lenta, disse o especialista à imprensa.
O estudo avança na identificação de genes que permitem diferenciar esse tipo de câncer em função de sua agressividade e descobrir possíveis sinais de alerta para prever futuras recaídas.
O trabalho também avança na identificação de novos genes que permitem, por um lado, "diferenciar as leucemias de evolução mais lenta das que apresentam um comportamento muito agressivo", explicou o cientista nesta quinta-feira, 27, à imprensa.
Além disso, será possível "fazer um acompanhamento mais preciso da evolução das células tumorais que ficam no corpo do paciente depois do tratamento de quimioterapia", acrescentou.
Santamaría centrou-se na doença residual mínima, isto é, nas possíveis recaídas de pessoas com leucemia mieloblástica aguda, um tipo de câncer que atinge o sangue e atinge mais a população adulta.
A pesquisa se baseou em pacientes que não tinham alterações em seus cromossomos e careciam, portanto, de genes que determinam a agressividade da doença. Os resultados "apresentam precisamente cinco novos genes que permitem dividir os voluntários em grupos de risco e detectar os níveis críticos ou sinais de alerta em outro tipo de leucemia, o M3".
Dado que essa leucemia inclui diferentes subtipos com diferentes expectativas sobre o tempo de vida da pessoa, Santamaría assegura que, "quanto mais bem definidos" forem o diagnóstico e a classificação da doença, "mais facilmente será possível conseguir uma abordagem terapêutica específica para o paciente".


SUS pagará menos pelo tratamento de leucemia e linfomas malignos

Segundo ministério, valores foram alterados pois hospitais agora têm remédios mais baratos

06 de janeiro de 2011 | 17h 40

Agência Brasil
BRASÍLIA - A partir deste mês, hospitais e entidades conveniadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) vão receber menos pelo tratamento de pacientes com câncer no sangue (leucemia mieloide crônica - LMC) e linfomas malignos.
Duas portarias do Ministério da Saúde, que já entraram em vigor, fixam valores inferiores aos estabelecidos em junho de 2010. No caso da quimioterapia para o tratamento da LMC em fase crônica, o valor caiu de R$ 3.175 para R$ 2.489. Segundo o ministério, a tabela de valores sofreu uma readequação, pois os hospitais passaram, desde o ano passado, a pagar menos pelos remédios usados nos tratamentos, resultado de um acordo fechado entre a pasta e os laboratórios.
Um exemplo citado é o preço do Glivec, fabricado pelo Novartis, que caiu pela metade. De janeiro de 2011 a dezembro de 2012, cada comprimido sairá por R$ 20,60, contra R$ 42,50 pagos em 2009. O medicamento é usado para tratar aproximadamente 7,5 mil pessoas com LMC e um tipo de câncer gastrointestinal.
O governo federal garante que os pacientes e as instituições não sofrerão prejuízo com a mudança. No entanto, a medida provoca críticas da Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (ABHH). Para o presidente da entidade, Carmino de Souza, os novos valores são insuficientes para viabilizar um tratamento adequado aos portadores. “Não dá para pagar a quimioterapia, e doentes vão deixar de receber remédios. As instituições não têm condições de arcar com isso”, disse à Agência Brasil.
A associação solicitou uma audiência ao novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para pedir a revisão das portarias. A ABHH estima em 4,5 mil os novos casos de LMC por ano no País. A estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca) é de aproximadamente 12 mil novos casos de linfomas por ano.


Fonte: Estadão.com.br

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